Rush – Caress Of Steel (Resenha Jefferson A. Nunes)


Resenha: Jefferson A. Nunes

Nota: 

Banda: Rush
Disco: Caress Of Steel
Ano: 1975
Selo: Mercury
Tipo: Estúdio

Faixas:
1. Bastille Day – 4’36
2. I Think I’m Going Bald – 3’35
3. Lakeside Park – 4’07
4. The Necromancer: – 12’30
I) Into The Darkness
II) Under The Shadow
III) Return Of The Prince
5. The Fountain Of Lamneth: – 19’50
I) In The Valley
II) Didacts And Narpets
III) No One At The Bridge
IV) Panacea
V) Bacchus Plateau
VI) The Fountain

Integrantes:
Geddy Lee – voz/baixo e violão
Alex Lifeson – guitarras de 6 e 12 cordas e violão
Neil Peart – bateria e percussão

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Resenha:
01. Bastille Day
Que outra palavra melhor para descrever esse álbum do que épico? Um disco realmente impressionante, que trouxe todo o lado Progressivo do Rush à tona. E, para começar, a excelente ‘Bastille Day’ mostra todo o Hard Rock clássico do trio. Inicia com um riff incrível de guitarra, simples, mas de grande impacto. É seguido pela entrada do baixo e da bateria de forma embalada, e pela excelente voz de Geddy Lee.
A canção passa por mudanças de velocidade, e possui solos muito bons de Alex Lifeson, que é criticado demais e ouvido de menos. Na parte final, uma sonoridade “Majestosa” (observação que deu origem ao primeiro nome da banda Dream Theater) surge, enchendo o ouvinte com boas sensações. Realmente fantástica!

02. I Think I’m Going Bald
Que banda é essa?!! Riffs vibrantes, vocal cativante e ritmo dançante, que trazem todo o Hard Rock do Rush, e mostram a pegada monstruosa dos músicos. Lifeson faz dois solos incríveis, de muuuita pegada, e que deveriam ser mostrados para aqueles que o chamam de um guitarrista ruim.

03. Lakeside Park
Iniciando com um lick muito bom de bateria, a música segue para um riff bem interessante, mais lento que o da música anterior, e pela bela voz de Lee. Com um refrão baseado em um dedilhado, a música possui várias texturas, com um dedilhado mais profundo em 2:26, que dá as primeiras noções do que virá nas músicas seguintes.

04. The Necromancer
I) Into The Darkness

Início estranho, com uma voz grave e uma melodia bem suave da banda. A melodia vai aumentando e crescendo, com guitarras sobrepostas fazendo efeitos e solos, mas com a principal fazendo um belo dedilhado. Após a primeira parte cantada, mais ênfase para um solo com várias guitarras sobrepostas. Então, aos 3:47, a banda para e a voz grave do início volta a proferir palavras.

II) Under The Shadow
O baterista Neil Peart faz um pequeno solo, que serve de base para a entrada de um riff muito bom, com várias paradas, e que é acompanhado por um vocal mais agressivo de Lee. Em 5:28 Lifeson começa a fazer um solo de muita pegada, realmente incrível, que vai evoluindo, e que é acompanhado por uma linha de baixo que mostra por que Geddy Lee é um dos maiores baixistas vivos.
Mais uma parada, e em 7: 06 Lifeson entra com um novo solo, dessa vez mais voltado para a velocidade. Ele vai evoluindo até formar uma grande massa sonora, que “explode” em 8:36, e abre espaço para a última parte.

III) Return Of The Prince
Parte mais bonita da música, começa com um belo dedilhado, que segue depois para uma linha vocal mais suave, sem deixar de ser desafiadora. Finalmente, em 10:43, o solo final começa, realmente um solo incrível, um dos melhores já feitos por Lifeson. Intercalando vários elementos, ele vai evoluindo até o fim da música, quando o som vai diminuindo, dando uma ideia de continuidade. Realmente fantástica!

05. The Fountain of Lamneth
I) In The Valley

Primeira música REALMENTE grande do Rush, começa com um lindo dedilhado, acompanhado por uma bela linha vocal. Em 1:09 entra o peso, com um dois riffs bem interessantes. Intercala partes mais pesadas com um refrão feito em cima de um dedilhado.

II) Didacts And Narpets
Começa com um solo de bateria muito bom, que intercala riffs com paradas, acompanhados por vocais gritados. É bem pequena, mas de impacto.

III) No One At The Bridge
Parte mais bonita da música, é mais voltada para dedilhados, até que em 7:40 riffs pesados no clássico estilo da banda servem de base para um vocal agressivo. Nova parte calma, e em 8:39 Lifeson começa a fazer um solo de grande beleza.

IV) Panacea
Como Lifeson consegue fazer dedilhados tão bonitos? Em ‘Panacea’, mais uma parte mais suave, com alguns harmônicos naturais antes dos refrões, e uma linha vocal calma.

V) Bacchus Plateau
Um riff muito bom, de vários momentos, surge do silêncio, e dá novo gás a música. Essa parte mais Hard Rock se encaixa perfeitamente à música, e engata em um solo muito bonito, que intercala pegada e velocidade.

VI) The Fountain
“Reprise” da primeira parte da composição, ‘The Fountain’ possui as estrofes pesadas em contraste com os refrões cheios de dedilhados. Em 17:58, o dedilhado do refrão serve de base para um dos melhores solos da música. Termina com o dedilhado do começo acompanhado por uma bela linha vocal. Um belo final para um álbum impecável. Realmente um dos grandes do Rush.

2 comentários em “Rush – Caress Of Steel (Resenha Jefferson A. Nunes)”

  1. Disco de transição do Rush que na minha opinião, apesar de alguns grandes momentos, não pode ser considerado como um dos melhores da banda como por exemplo Moving Pictures, A Farewell to Kings e Signals.

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